Intercâmbio - Argentina/Mendoza

Entrevista realizada pelo professor Dimas à intercambista Silvina.

 

[Dimas] a intercambista veio da Argentina, chegando em 1/10/2017, para um semestre.

[Dimas] Silvina comece falando sobre você. Quem é Silvina?

[Silvina] Nasci no distrito de Colonia Caroya, mas minha família mudou para Jesus Maria quando eu era pequenina e ultimamente moro na Cidade de Córdoba, onde eu estudo, que é uma cidade de 1,3 milhão de habitantes. Iniciei a graduação estudando comunicação social, mas não era algo com que eu me identificava. Tranquei o curso para pensar bem o que eu realmente queria fazer. E resolvi optar pela Geografia, curso que eu já havia pensando antes de iniciar a comunicação social.

[Dimas] Como é a forma de ingresso para o ensino superior na Argentina?

[Silvina] Não temos nenhum tipo de avaliação, concluímos o ensino médio e já podemos ingressar. Nos cursos mais concorridos, que são os das ciências médicas, acontece uma avaliação, mas cada universidade que é responsável. Nos demais cursos, é só fazer a inscrição na universidade.

[Dimas] Têm vagas pra todos?

[Silvina] Sim. O que pode ocorrer é mudar de cidade para fazer o curso.

[Dimas] Por que você escolheu o curso de Geografia?

[Silvina] A Geografia me influenciou, gosto muito de viajar. Eu viajei muito antes da universidade e quando eu ingressei também. Fui com meus pais, antes de ingressar na universidade em Cuba, depois eu fui sozinha. Também fui ao Uruguai e a Itália, de onde são meus antepassados. Também fui na Albânia, um país que ao meu ver é muito machista. Conheci também a Macedônia, Bulgária, Sérvia, Kosovo.

[Dimas ] O que você achou de diferente nessa viagem pela Europa em relação à América do Sul?

[Silvina] Na Albânia as pessoas eram muito superficiais, gostavam de ostentar.

[Dimas] Por que você escolheu Jataí?

[Silvina] A cidade em que eu nasci é muito parecida com Jataí, é bem agrícola, isso influenciou um pouco. A data de início do semestre também.

[Dimas] Quando você chegou em jatai, qual sua impressão?

[Silvina] A geografia no Brasil está muito mais à frente do que na Argentina. A cidade é pequena. Os professores e a dinâmica do curso me lembram muito o ensino médio, porque os professores têm uma relação mais intima com os professores. Na Argentina é tudo muito formal. Na Argentina, são 12 matérias obrigatórias, o restante posso fazer em outros cursos, um espécie de núcleo livre. As aulas são divididas em teóricas em práticas, com 2 ou mais professores. Não é necessário presença, posso fazer as aulas práticas e avaliações finais sem ir nas aulas teóricas. Lá não tem tempo máximo para terminar o curso.

[Dimas] Tem muita procura o curso de Geografia?

[Silvina] Não. As aulas são entre vespertino e noturno. O curso tem muitos desistentes, o ingresso é fácil, mas a permanência é difícil. Desde 2004 até o ano passado deve ter formado uns 25 no curso de geografia, em 14 anos formaram mais ou menos 25 pessoas.  

[Dimas] Para ser professor de geografia tem que ter graduação em geografia?

[Silvina] Não necessariamente, algumas escolas contratam professor de outras áreas para dar aulas de geografia.

[Dimas] Terminando a graduação, qual o seu projeto?

[Silvina] Trabalhar com pesquisa.